Na noite do Sertão,
a vastidão das ondas do vento
— essas plagas sempre foram mar —
invade e inunda o que há,
com fúria maior que a das águas.
A voz das ondas do vento,
com seus passos sem rastros,
deixa marcas indeléveis
e açoita as dores
— esses cavalos xucros —
que disparam no íntimo do vivente
como numa Tróia às avessas.
E quando as chamas começam a afogar,
os olhos estendem-se aos céus,
mira-se a lavoura necessária:
uma roça de estrelas.
Aqueles olhos se ovelham
e o sono é sereno.
a vastidão das ondas do vento
— essas plagas sempre foram mar —
invade e inunda o que há,
com fúria maior que a das águas.
A voz das ondas do vento,
com seus passos sem rastros,
deixa marcas indeléveis
e açoita as dores
— esses cavalos xucros —
que disparam no íntimo do vivente
como numa Tróia às avessas.
E quando as chamas começam a afogar,
os olhos estendem-se aos céus,
mira-se a lavoura necessária:
uma roça de estrelas.
Aqueles olhos se ovelham
e o sono é sereno.
José Inácio Vieira de Melo
1 comentário:
"Quando a noite chega o maravilhoso não escurece."
Gonçalo M. Tavares
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