Procuro, não sei o que procuro. Procuro
um céu passado, a véspera extinta. Meu rosto
vai tão baixo, que antes nos céus ia posto!
Procuro, não sei o que procuro. Procuro
auroras idas, que jorravam, inflamadas
fontes — hoje com águas presas derrotadas.
Procuro, não sei o que procuro. Procuro
a grande hora que em mim restou sem figura
como em um cântaro morto um fim de abertura.
Procuro, não sei o que procuro. Sob estrelas de
[ ontem,
sob as que passaram, procuro
a luz apagada que ainda enalteço.
Lucian Blaga
1 comentário:
Mais um post de um gosto indiscutível!!
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