Toma-me, ó noite eterna, nos teus braços
E chama-me teu filho... eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
E chama-me teu filho... eu sou um rei
que voluntariamente abandonei
O meu trono de sonhos e cansaços.
Minha espada, pesada a braços lassos,
Em mão viris e calmas entreguei;
E meu ceptro e coroa - eu os deixei
Na antecâmara, feitos em pedaços
Minha cota de malha, tão inútil,
Minhas esporas de um tinir tão fútil,
Deixei-as pela fria escadaria.
Despi a realeza, corpo e alma,
E regressei à noite antiga e calma
Como a paisagem ao morrer do dia.
2 comentários:
Ninguém me pediu a correcção ortográfica, mas ou o sr Pessoa, o Fernando ou o Sr Vember, o No, cometeram um ligeiro lapsus linguae escrito...cetro ou ceptro?? Fica a questão...
Touché! Proceder-se-á à correcção, que naturalmente é da responsabilidade daquele que, entre os dois mencionados, se limita a copiar ( e mal...!)
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