segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Teus Olhos São Tâmaras


Doce gazela,
teus olhos são tâmaras,
teu cabelo um manto feito de noite.

Quantas dunas nos separam?
Quanta a intensidade sentida
nas ondas dos olhares
feitos apenas de ânsias e espantos…

Quantos dias foram, e quantos não?
…… se mais dias vierem, quantos mais serão?

Quanto tempo mais a olhar de longe a linha de água teimosa sobre as areias ardentes?

Quantas promessas de água fresca no curso dos teus lábios?

Da tua boca, esse fino fio longínquo,
ondulando de sorriso em sorriso,
chega um leve sussurro, como o da brisa que apenas pressinto
entre as palmeiras

é breve a tua canção, e suave como o marulhar do Oued Draa
e soa no silêncio do oásis
que é só meu.



Rasheed Suisse

1 comentário:

Anónimo disse...

Presença serena
Que a tormenta amansa;
Nela, enfim, descansa
Toda a minha pena.