quarta-feira, 30 de julho de 2008
Controller.Controller - History
here's my new century
i'm erasing history
you need to make corrections
you need to pay attention
i'll say when
you're up for mass distraction
you're up for gut reaction
you raise your hand like i can't see
don't raise your hand like i can't see
you're in for mass distraction
you're in for gut reaction
i'll say when
you need to make corrections
you need to pay attention
let's rewrite your history
let's rewrite your history
i'll say when
let's rewrite your history.....
terça-feira, 29 de julho de 2008
Eis-me
Eis-me
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente
Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente
Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, 27 de julho de 2008
O Enterrado Vivo
É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 26 de julho de 2008
La Nuit
sexta-feira, 25 de julho de 2008
The Fly
Little Fly,
Thy summer's play
My thoughtless hand
Has brushed away.
Am not I
A fly like thee?
Or art not thou
A man like me?
For I dance
And drink, and sing,
Till some blind hand
Shall brush my wing.
If thought is life
And strength and breath
And the want
Of thought is death;
Then am I
A happy fly,
If I live,
Or if I die.
Thy summer's play
My thoughtless hand
Has brushed away.
Am not I
A fly like thee?
Or art not thou
A man like me?
For I dance
And drink, and sing,
Till some blind hand
Shall brush my wing.
If thought is life
And strength and breath
And the want
Of thought is death;
Then am I
A happy fly,
If I live,
Or if I die.
William Blake
Jurgen Paape - So Weit Wie Noch Nie
Wir hören ein Singen im Raum
Singen im Raum
Singen im Raum
Wir jagen die Monotonie
Monotonie
Monotonie
Wir machen aus Stunden ein Jahr
und Mondschein aus unserem Haar
Wir fliegen so weit wie noch nie
domingo, 20 de julho de 2008
Ao Desconcerto Do Mundo
sábado, 19 de julho de 2008
Poema Em Linha Recta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos
domingo, 13 de julho de 2008
Les Larmes Du Ciel
sábado, 12 de julho de 2008
Heroes Del Silencio - Senda
He de encontrar
una senda que me lleve a un lugar
y no me siento capaz
de iniciar una
nueva vida sin mas
Quisiera emprender
la aventura que no me haga volver
dejar de una vez
lo que yo mismo no puedo entender
Por una vez
lo que siempre soñe
hacer
prometerme
construir una senda
si por una vez
lo que siempre soñe
hacer
prometerme
construir una senda
que pueda recorrer
Detras de un disfraz
tartamudo ante la adversidad
con un hilillo de voz
se va la poca razon
que nos permite tu escaso valor
Y he de cruzar
dar el paso hacia una vida anterior
si hay destellos de magia
entre los besos de la traicion
I Am The Escaped One
domingo, 6 de julho de 2008
De Cada Vez
Fotografia: Guilherme Ghizoni
Contínua realidade que me sorves os dias
como hei-de responder-te se vives incluída
dos meus olhos abertos nas ávidas e frias
pedras incertas vida
prisioneira do espelho que embacias
de cada vez que a turva suicida
torna ao morrer visíveis
as formas com que comes os meus dias
Gastão Cruz
Joy Division - Digital
Feel it closing in,
Feel it closing in,
The fear of whom I call,
Every time I call,
I feel it closing in,
I feel it closing in,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out.
I feel it closing in,
As patterns seem to form.
I feel it cold and warm.
The shadows start to fall.
I feel it closing in,
I feel it closing in,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out,
Day in, day out.
I'd have the world around,
To see just whatever happens,
Stood by the door alone,
And then it's fade away.
I see you fade away.
Don't ever fade away.
I need you here today.
Don't ever fade away.
Don't ever fade away.
Don't ever fade away.
Don't ever fade away.
Fade away. Fade away.
Fade away. Fade away.
Fade away. Fade away.
Fade away.
sábado, 5 de julho de 2008
La Jaula
Afuera hay sol.
No es más que un sol
pero los hombres lo miran
y después cantan.
Yo no sé del sol.
Yo sé la melodía del ángel
y el sermón caliente
del último viento.
Sé gritar hasta el alba
cuando la muerte se posa desnuda
en mi sombra.
Yo lloro debajo de mi nombre.
Yo agito pañuelos en la noche y barcos sedientos de realidad
bailan conmigo.
Yo oculto clavos
para escarnecer a mis sueños enfermos.
Afuera hay sol.
Yo me visto de cenizas.
No es más que un sol
pero los hombres lo miran
y después cantan.
Yo no sé del sol.
Yo sé la melodía del ángel
y el sermón caliente
del último viento.
Sé gritar hasta el alba
cuando la muerte se posa desnuda
en mi sombra.
Yo lloro debajo de mi nombre.
Yo agito pañuelos en la noche y barcos sedientos de realidad
bailan conmigo.
Yo oculto clavos
para escarnecer a mis sueños enfermos.
Afuera hay sol.
Yo me visto de cenizas.
Alejandra Pizarnik
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