terça-feira, 30 de junho de 2009
Burocrático
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Motivo
Eu canto porque o instante existe
Sei que canto. E a canção é tudo.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
.
So where did you go?
Where do you go in the big sleep
Going out in the deep sleep
Is where youre wandering now
So where did you go
When youre in the big sleep
Drifting in wildlife
And still youre wandering now
We were on the top and the world was spinning
We were only young in the whirlpool of warning
Communication lost in the thundering rain style
A shelter from the storm in the early beginning
Going out in the big sleep, out in the big sleep
Could have been years, you know it could have been years
Or only seconds ago
Big sleep, deep sleep
Where are you now?
Now that youre up in big sleep
Valuable friend
They saw you leaving this way
We were on the top and the world was spinning
We were only young in the whirlpool of warning
Communication lost in the thundering rain style
A shelter from the storm in the early beginning
Where did you go?
Immaculate friend
For a lifetime Im grateful
And its only seconds away
Big sleep, deep sleep
For evermore
If only you could see me
If only you could see me
If only you could see
Forever
Coming home in the big sleep
Coming home
Insomniac
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Forever Clarice
quarta-feira, 24 de junho de 2009
No Te Amo
No te amo como si fueras rosa de sal, topacio
o flecha de claveles que propagan eñ fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.
Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.
Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,
Sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía,
tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Lobos, Madrugada
Não te deites com a volúpia presa aos dentes,
se pretendes despertar os lobos.
Madrugada,
o uivo sonda teus ossos.
Alquimia não consiste em acalentar o orgulho.
Os lobos sabem farejar as sombras,
violetas e asteróides
não envolvem seus mundos.
Sutileza,
presa acidentada dos cálculos,
a cidade tem uma cegueira acelerada,
os lobos avançam,
teu quarto tem extremidades impossíveis.
A volúpia brota de ossos cegos,
onde a vida, com seus lábios violetas,
não penetra.
Tu, cadáver de ti mesma,
volúpia acidentada,
não penetres a alquimia com asteróides cegos.
Os lobos te envolvem, no lado mais sutil do orgulho.
Madrugada
tem acordes turvos.
Deitas-te à cama,
o edifício encravado na cidade
não supõe teus lobos extremos.
Com volúpia, não calcules a cegueira
sem supor teus uivos.
Brotam nas sombras,
brotam nas ruas,
em espaços turvos,
no sorriso das cifras.
Avançam a madrugada em que te deitas,
cadavérica.
Farejam e, ao farejar, te despertam,
tão inesperada quanto um asteróide.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
No me importa lo que pienses
sin duda no me entero ya.
Tus costumbres se me pierden
entre arrumacos y amabilidad.
Ahora sé que no comprendes,
no tenemos nada en común.
Si supiera al menos lo que quieres,
no me obligues a cambiar mi actitud.
No quisiera utilizar
tus intenciones,
y, quisiera no pensar
más de un segundo en ti.
Me comentan lo que haces,
uno a uno me hablan mal de ti.
Nadie quiere hacer ya las paces,
no podría continuar así.
Y ahora sé que no comprendes,
no tenemos nada en común.
Si supiera al menos lo que quieres,
no me obligues a cambiar mi actitud.
No quisiera utilizar
tus intenciones,
y, quisiera no pensar
más de un segundo en ti.
No quisiera utilizar
tus intenciones,
y, quisiera no pensar
más de un segundo en ti,
más de un segundo en ti,
más de un segundo en ti ...
Como Queiras, Amor ...
Como queiras, Amor, como tu queiras.
Entregue a ti, a tudo me abandono,
seguro e certo, num terror tranqüilo.
A tudo quanto espero e quanto temo,
entregue a ti, Amor, eu me dedico.Nada há que eu não conheça, que eu não saiba
e nada, não, ainda há por que eu não espere
como de quem ser vida é ter destino.
As pequeninas coisas da maldade, a fria
tão tenebrosa divisão do medo
em que os homens se mordem com rosnidos
de mal contente crueldade imunda,
eu sei quanto me aguarda, me deseja,
e sei até quanto ela a mim me atrai.
Como queiras, Amor, como tu queiras.
De frágil que és, não poderás salvar-me.
Tua nobreza, essa ternura tépida
quais olhos marejados, carne entreaberta,
será só escárnio, ou, pior, um vão sorriso
em lábios que se fecham como olhares de raiva.
Não poderás salvar-me, nem salvar-te.
Apenas como queiras ficaremos vivos.
Será mais duro que morrer, talvez.
Entregue a ti, porém, eu me dedico
àquele amor por qual fui homem, posse
e uma tão extrema sujeição de tudo.
Como tu queiras, Amor, como tu queiras.
Jorge de Sena
domingo, 21 de junho de 2009
Partage
D´habitude il faut creuser la peur
jusqu'au fond
pour faire jaillir les couleurs de la nuit
jusqu'au fond
pour reconnaître les images
du temps qu'il fait dehors
le temps partagé avec les autres
autour de soi
aux habitués de l'existence
formes incarnées dans la mouvance
réunies en secret
pour recevoir la visite du jour
rien que le jour en perspective
sans ombre entre vous
et moi
sexta-feira, 19 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Sou Eu
Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.
Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.
Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.
Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio! ...
Álvaro de Campos