Para balanço.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
James - Born Of Frustration
All this frustration
I can´t meet all my desires
Strange conversation
Self-control has just expired
All an illusion
Only in my head you don´t exist
Who are you fooling
Dont need a shrink but an exorcist
Show me the movie
Of who you are and where you´re from
Born of frustration
Caught up in the webs you´ve spun
Where´s the confusion
A vision of what life is like
Show me the movie
That doesn´t deal in black and white
Stop stop talking about who´s to blame
When all that counts is how to change
All this frustration
All this frustration
Who put round eyes on a butterfly´s wings
All this frustration
All this frustration
Who gave the leopards spots and taught the birds to sing
Born of frustration
Born of frustration
Im living in the weirdest dream
Where nothing is the way it seems
Where no one´s who they need to be
Where nothing seems that real to me
What can we build our lives upon
No wall of stone, no solid ground
The world is spinning endlessly
We´re clinging to our own beliefs
Born of frustration
Born of frustration
DGMA - 1992
terça-feira, 22 de abril de 2008
Art of Noise - Opus 4
OPUS 4
No sun no moon!
No morn no noon
No dawn no dusk
no proper time of day
No sky no earthly view
No distance looking blue
No road no street
no "t'other side the way"
No end to any Row
No indications where the Crescents go
No top to any steeple
No recognitions of familiar people
No courtesies for showing 'em
No knowing 'em!
No travelling at all
no locomotion,
No inkling of the way
no notion
No go" by land or ocean
No mail no post
No news fom any foreign coast
No Park - no Ring
no afternoon gentility
No company no nobility
No warmth, no cheerfilness,
no healthful ease,
No comfortable feel in any member
No shade, no shine,
no butterflies, no bees,
No fruits, no flow'rs,
no leaves, no birds,
November!
-Thomas Hood, 1842.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
Testamento Do Homem Sensato
"Mulher Sentada em Banco" - Claude Monet (c.1874)
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: “Ele era assim...”
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.
Carlos Pena Filho
Óleo em tela,Tate Gallery, London
Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: “Ele era assim...”
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.
Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.
Carlos Pena Filho
Tabacaria
(....)
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
(...)Álvaro de Campos
sábado, 19 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
quarta-feira, 16 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Youth Without Youth
Para ser perfeito, apenas faltou a esta película que as cenas decorridas na Roménia fossem faladas em Romeno...
De resto - e é um "resto" longo de 124 minutos - todo o desenrolar do filme me encantou e surpreendeu,não só pela qualidade do elenco - que conta com Tim Roth, Bruno Ganz e Alexandra Maria Lara (estes últimos, partilhando de novo a tela, se bem que não as cenas, depois do monumental "Der Untergang")- mas porque reuniu numa mesma história uma multiplicidade de temas que me são caros.
Que festa para os olhos e os ouvidos...que delírio e estímulo à imaginação!
Este belíssimo filme é baseado num conto de Mircea Eliade,de cuja prosa apenas li, há muito,o "Romance do Adolescente Míope" - não podendo afirmar que "li" os demais (poucos)livros deste sábio Romeno que detenho.
A esses, regresso de quando em vez, em esforçadas mas modestas tentativas de decifração.
Não estamos no entanto na presença de um "blockbuster", e será concerteza uma profunda decepção para quem aprecie algo mais "terra a terra"...
Mas mais não digo, para não estragar a(s) surpresa(s) a quem tenha planeado gastar (ganhar?)o preço deste bilhete de cinema em particular - e ter o prazer de ver esta pérola do fantástico completamente desprevenido...
o ideal seria não ver sequer o "trailer"...
domingo, 13 de abril de 2008
Como Dormirão Meus Olhos?
Como dormirão meus olhos?
Não sei como dormirão,
pois que vela o coração.
Voltas
Toda esta noite passada,
que eu passe em sentir,
nunca a pude dormir,
de ser muito acordada.
Dos meus olhos foi velada;
mas como não velarão,
pois que vela o coração?
As horas dela cuidei
dormi-las: foram veladas.
pois tam bem as empreguei,
dou-as por bem empregadas.
Todas as noutes passadas
neste pensamento vão,
pois que vela o coração.
Pássaros que namorados
pareceis no que cantais,
não ameis, que, se amais,
de vós sereis desamados.
Em meus olhos agravados
vereis se tenho rezão,
pois que vela o coração.
Não sei como dormirão,
pois que vela o coração.
Voltas
Toda esta noite passada,
que eu passe em sentir,
nunca a pude dormir,
de ser muito acordada.
Dos meus olhos foi velada;
mas como não velarão,
pois que vela o coração?
As horas dela cuidei
dormi-las: foram veladas.
pois tam bem as empreguei,
dou-as por bem empregadas.
Todas as noutes passadas
neste pensamento vão,
pois que vela o coração.
Pássaros que namorados
pareceis no que cantais,
não ameis, que, se amais,
de vós sereis desamados.
Em meus olhos agravados
vereis se tenho rezão,
pois que vela o coração.
Cristóvão Falcão
sábado, 12 de abril de 2008
I Only Call Them When I Know I Don´t See Them
Slow decay, I won't stop fighting yeah
Who do you think that is there?
I came to fight, I am in the air
I know you follow the body
Let go now to the coast of hypnotic we go
I only call them when I know
I don't see them
I only call them when I know
I don't see them
Who do you think that is there?
I show beyond so beyond compare
I always fall in these fights I know why
Always fall in these fights I know why
Controlling the agents takes a toll on my brain
Now who do you think that is there?
Only call them when I know
I don't see them.
I only call them when I know
I don't see them.
Slow decay, I won't
Who do you think that is there?
By interest strike leading out of despair
I know you follow the body, Let go now
to the coast of hypnotic that won't stop now
If making a taste for me
you're making your own way
Now who do you think, I said who do you think now?
Oh, how I pass the days, you know how much I care
Oh, through the wax and wane, you know I will be there
Oh, at your favorites I know now not to swear
Slow decay, I won't stop fighting yeah
Who do you think that is there?
I came to fight, I am in the air
I always fall in these fights I know why
And from the birth strings of life I go right
But controlling the agents takes a toll on my brain
Now who do you think that is there?
I only call them when I know
I don't see them
I only call them when I know
I don't see them
"Who Do You Think" - Interpol
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Discovery
I believe in the great discovery.
I believe in the man who will make the discovery.
I believe in the fear of the man who will make the discovery.
I believe in his face going white,
His queasiness, his upper lip drenched in cold sweat.
I believe in the burning of his notes,
burning them into ashes,
burning them to the last scrap.
I believe in the scattering of numbers,
scattering them without regret.
I believe in the man's haste,
in the precision of his movements,
in his free will.
I believe in the shattering of tablets,
the pouring out of liquids,
the extinguishing of rays.
I am convinced this will end well,
that it will not be too late,
that it will take place without witnesses.
I'm sure no one will find out what happened,
not the wife, not the wall,
not even the bird that might squeal in its song.
I believe in the refusal to take part.
I believe in the ruined career.
I believe in the wasted years of work.
I believe in the secret taken to the grave.
These words soar for me beyond all rules
without seeking support from actual examples.
My faith is strong, blind, and without foundation.
I believe in the man who will make the discovery.
I believe in the fear of the man who will make the discovery.
I believe in his face going white,
His queasiness, his upper lip drenched in cold sweat.
I believe in the burning of his notes,
burning them into ashes,
burning them to the last scrap.
I believe in the scattering of numbers,
scattering them without regret.
I believe in the man's haste,
in the precision of his movements,
in his free will.
I believe in the shattering of tablets,
the pouring out of liquids,
the extinguishing of rays.
I am convinced this will end well,
that it will not be too late,
that it will take place without witnesses.
I'm sure no one will find out what happened,
not the wife, not the wall,
not even the bird that might squeal in its song.
I believe in the refusal to take part.
I believe in the ruined career.
I believe in the wasted years of work.
I believe in the secret taken to the grave.
These words soar for me beyond all rules
without seeking support from actual examples.
My faith is strong, blind, and without foundation.
Wislawa Szymborska
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Provérbios Populares Luso-Brasileiros
Quem não tem cabeça, é mais cabeçudo.
Quem não tem cabeça, não carrega chapéu.
Quem não tem cabeça, não há mister carapuça.
Quem não tem cabeça, não paga nada.
Quem não tem cabeça, não precisa touca.
Quem não tem cabeça, não tenha penas.
Quem não tem cabeça, tem pernas.
Quem não tem cabeça, tem que ter pés.
Quem não tem cabeça, não carrega chapéu.
Quem não tem cabeça, não há mister carapuça.
Quem não tem cabeça, não paga nada.
Quem não tem cabeça, não precisa touca.
Quem não tem cabeça, não tenha penas.
Quem não tem cabeça, tem pernas.
Quem não tem cabeça, tem que ter pés.
quarta-feira, 9 de abril de 2008
terça-feira, 8 de abril de 2008
Creio Nos Anjos Que Andam Pelo Mundo
creio na deusa com olhos de diamantes,
creio em amores lunares com piano ao fundo,
creio nas lendas, nas fadas, nos atlantes;
creio num engenho que falta mais fecundo
de harmonizar as partes dissonantes,
creio que tudo é eterno num segundo,
creio num céu futuro que houve dantes,
creio nos deuses de um astral mais puro,
na flor humilde que se encosta ao muro,
creio na carne que enfeitiça o além,
creio no incrível, nas coisas assombrosas,
na ocupação do mundo pelas rosas,
creio que o amor tem asas de ouro. amém.
Natália Correia
segunda-feira, 7 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
Eu Não Sou Eu Nem Sou o Outro
sábado, 5 de abril de 2008
sexta-feira, 4 de abril de 2008
quinta-feira, 3 de abril de 2008
A Magnólia
A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.
A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu resplendor.
Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria - na metáfora -
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.
A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,
um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.
Luiza Neto Jorge
quarta-feira, 2 de abril de 2008
terça-feira, 1 de abril de 2008
A Uma Rapariga
Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...
Florbela Espanca
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