Venho dos lados de Beja.
Vou para o meio de Lisboa.
Não trago nada e não acharei nada.
Tenho o cansaço antecipado do que não acharei,
E a saudade que sinto não é nem no passado nem no futuro.
Deixo escrita neste livro a imagem do meu desígnio morto:
Fui, como ervas, e não me arrancaram.
Álvaro de Campos
1 comentário:
"Fui, como ervas, e não me arrancaram"...Adoro!!!
Que coincidência engraçada: ainda há dois dias me lembrei deste verso...:))
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