Meu coração, bandeira içada
Em festas onde não há ninguém…
Meu coração, barco atado à margem
Esperando o dono, cadáver amarelado entre os juncais…
Meu coração, a mulher do forçado,
A estalajadeira dos mortos da noite,
Aguarda à porta, com um sorriso maligno,
Todo o sistema do universo,
Concluso a podridão e a esfinges…
Meu coração, algema partida…
Álvaro de Campos
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