sábado, 20 de setembro de 2008

Não Sei o Quê Desgosta


Não sei o quê desgosta
A minha alma doente.
Uma dor suposta
Dói-me realmente.

Como um barco absorto
Em se naufragar
À vista do porto
E num calmo mar,

Por meu ser me afundo,
Pra longe da vista
Durmo o incerto mundo.


Fernando Pessoa

1 comentário:

Anónimo disse...

deste incerto mundo...lindo!!!!!