segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fora da Órbita

A lua
que vibra
drogada
na noite vadia
É nua
princesa
que baila
na borda do dia
que dorme
que vaga
e espera
instalar-se no breu
E os sóis confirmarem pro mundo
que eu não sou eu.

Sou só o produto
oculto
que a noite esqueceu

no ponto
do hiato perfeito do gen
androceu

E a luz me revela distante
da órbita certa
quem espera que eu seja do mundo,
sendo assim,
poeta?

Eduardo Alves

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