sábado, 30 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Is it Possible
Is it possible
That so high debate,
So sharp, so sore, and of such rate,
Should end so soon and was begun so late?
Is it possible?
Is it possible
So cruel intent,
So hasty heat and so soon spent,
From love to hate, and thence for to relent?
Is it possible?
Is it possible
That any may find
Within one heart so diverse mind,
To change or turn as weather and wind?
Is it possible?
Is it possible
To spy it in an eye
That turns as oft as chance on die,
The truth whereof can any try?
Is it possible?
It is possible
For to turn so oft,
To bring that lowest which was most aloft,
And to fall highest yet to light soft:
It is possible.
All is possible
Whoso list believe.
Trust therefore first, and after preve,
As men wed ladies by licence and leave.
All is possible.
Sir Thomas Wyatt
(1503–1542)
(1503–1542)
Rose said quote it's time to make a mess
Time won't be soon mine in time I guess
She's painting on my back a beautiful flowerpot
And she treats me she treats me she treats me like her local god
Rose said quote it's time to make a mess
This one's yours and yours is self obsessed
She's painting on my back a green tom, the Beefheart one
And she cuddles and she coos and she cuts the bullshit I confessed
She said: "Don't look my way
What can I possibly say
I've never seen you before today
I'm just the one that makes you think of the one
that makes you feel like you're the one."
But thank you for the roses for the roses
So thank you for the roses for the roses
Thank you for the roses for the roses
Rose said quote it's time to make a mess
remind me what it is that I do best
She's painting on my back some beautiful
something sweet
And she treats me, she treats me, she beats me
Rose said quote my time has come at last
Ugly things through my mind they have passed
She's scratching on my back 'if this boy believes me'
She leaves me, deceives me and takes those flowers just to
please me...
Rose don't mind where she been
She been blind
She been mine
all this time
She been kind
She been blind
She says: "Thank you for the roses for the roses."
Just to thank you for the roses for the roses
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Teus Olhos
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Love me, love me, love me, love me,
say you do
Let me fly away with you
For my love is like the wind,
and wild is the wind
Wild is the wind
You touch me, I hear the sound of mandolins
You kiss me
With your kiss my life begins
You're spring to me, all things to me
Don't you know you're life, itself!
Like the leaf clings to the tree,
Oh, my darling, cling to me
For we're like creatures in the wind,
and wild is the wind
Wild is the wind
Wild is the wind
Wild is the wind
wild is the wind
Geometria dos Ventos
(em homenagem a "Geometria dos Ventos"
de Álvaro Pacheco)
de Álvaro Pacheco)
Eis que temos aqui a Poesia,
a grande Poesia.
Que não oferece signos
nem linguagem específica, não respeita
sequer os limites do idioma. Ela flui, como um rio.
como o sangue nas artérias,
tão espontânea que nem se sabe como foi escrita.
E ao mesmo tempo tão elaborada -
feito uma flor na sua perfeição minuciosa,
um cristal que se arranca da terra
já dentro da geometria impecável
da sua lapidação.
Onde se conta uma história,
onde se vive um delírio; onde a condição humana exacerba,
até à fronteira da loucura,
junto com Vincent e os seus girassóis de fogo,
à sombra de Eva Braun, envolta no mistério ao
mesmo tempo
fácil e insolúvel da sua tragédia.
Sim, é o encontro com a Poesia.
Rachel de Queiroz
Dos Ventos
- A JANELA
OS VENTOS
Não há, nos ventos,
a liberdade da morte,
embora sejam implacáveis e
jamais perdoem as folhas secas.
Todos os ventos têm nome
mas não se conhece nenhum
de perto, embora
se agarrem a você
e desorganizem a harmonia.
Os ventos não têm forma
mas sabemos todas as suas aspirações
e os seus amores com o mar e as árvores.
Os ventos não têm a liberdade da morte
diluídos na essência
do que nunca aconteceu.
Ashford Castle, Irlanda, Julho 92
Álvaro Pacheco
Álvaro Pacheco
terça-feira, 26 de maio de 2009
Tão Cedo Passa Tudo Quanto Passa!
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Paris in Spring
The city's all a-shining
Beneath a fickle sun,
A gay young wind's a-blowing,
The little shower is done.
But the rain-drops still are clinging
And falling one by one --
Oh it's Paris, it's Paris,
And spring-time has begun.
I know the Bois is twinkling
In a sort of hazy sheen,
And down the Champs the gray old arch
Stands cold and still between.
But the walk is flecked with sunlight
Where the great acacias lean,
Oh it's Paris, it's Paris,
And the leaves are growing green.
The sun's gone in, the sparkle's dead,
There falls a dash of rain,
But who would care when such an air
Comes blowing up the Seine?
And still Ninette sits sewing
Beside her window-pane,
When it's Paris, it's Paris,
And spring-time's come again.
Sara Teasdale
domingo, 24 de maio de 2009
Between the eyes of love I call your name
Behind the guarded walls I used to go
Upon a summer wind theres a certain melody
Takes me back to the place that I know
Down on the beach
The secrets of the summer I will keep
The sands of time will blow a mystery
No-one but you and i
Underneath that moonlit sky
Take me back to the place that I know
On the beach
Forever in my dreams my heart will be
Hanging on to this sweet memory
A day of strange desire
And a night that burned like fire
Take me back to the place that I know
On the beach
Retrato Talvez Saudoso da Menina Insular
Tinha o tamanho da praia
o corpo era de areia.
E ele próprio era o início
do mar que o continuava.
Destino de água salgada
principiado na veia.
E quando as mãos se estenderam
a todo o seu comprimento
e quando os olhos desceram
a toda a sua fundura
teve o sinal que anuncia
o sonho da criatura.
Largou o sonho nos barcos
que dos seus dedos partiam
que dos seus dedos paisagens
países antecediam.
E quando o seu corpo se ergueu
Voltado para o desengano
só ficou tranqüilidade
na linha daquele além.
Guardada na claridade
do olhar que a retém.
Natália Correia
sábado, 23 de maio de 2009
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora
de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário
do amante exemplar com cem modelos de cartas
e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
Manuel Bandeira
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Nú
Quando estás vestida,
Ninguém imagina
Os mundos que escondes
Sob as tuas roupas.
(Assim, quando é dia,
Não temos noção
Dos astros que luzem
No profundo céu.
Mas a noite é nua,
E, nua na noite,
Palpitam teus mundos
E os mundos da noite.
Brilham teus joelhos,
Brilha o teu umbigo,
Brilha toda a tua
Lira abdominal.
Teus exíguos
- Como na rijeza
Do tronco robusto
Dois frutos pequenos -
Brilham.) Ah, teus seios!
Teus duros mamilos!
Teu dorso! Teus flancos!
Ah, tuas espáduas!
Se nua, teus olhos
Ficam nus também:
Teu olhar, mais longe,
Mais lento, mais líquido.
Então, dentro deles,
Bóio, nado, salto
Baixo num mergulho
Perpendicular.
Baixo até o mais fundo
De teu ser, lá onde
Me sorri tu'alma
Nua, nua, nua...
Manuel Bandeira
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
Manuel Bandeira
Heroes Del Silencio - Deshacer El Mundo
empezar porque sí
y acabar no sé cuando
el azul me da cielo
y el iris los cambios.
los astros no están más lejos
que los hombres que trato.
repito otras voces
que siento como mías
y se encierran en mi cuerpo
con rumor de mar gruesa.
te he dicho que no mires atrás
porque el cielo no es tuyo
y hay que empezar despacio
a deshacer el mundo.
el aliento de la tierra
y su calma serena
y la sombra de la tarde
que es una mano que tiembla.
la musica me abre secretos
que ahora estan dentro de mí.
al final después de todo
no somos tan distintos.
un oasis en desierto
donde queda la paciencia.
te he dicho que no mires atrás
porque el cielo no es tuyo
y hay que empezar despacio
a deshacer el mundo.
ponme fuera del alcance
del bostezo universal.
nos veremos en el exilio
o en una celda.
ponme fuera del reposo.
en mi historia personal.
soy un ave rapaz:
¡mirad mis alas!
te he dicho que no mires atrás
porque el cielo no es tuyo
y hay que empezar despacio
a deshacer el mundo.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Confissão
Se não a vejo e o espírito a afigura,
Cresce este meu desejo de hora em hora...
Cuido dizer-lhe o amor que me tortura,
O amor que a exalta e a pede e a chama e a implora.
Cuido contar-lhe o mal, pedir-lhe a cura...
Abrir-lhe o incerto coração que chora,
Mostrar-lhe o fundo intacto de ternura,
Agora embravecida e mansa agora...
E é num arroubo em que a alma desfalece
De sonhá-la prendada e casta e clara,
Que eu, em minha miséria, absorto a aguardo...
Mas ela chega, e toda me parece
Tão acima de mim...tão linda e rara...
Que hesito, balbucio e me acobardo.
Manuel Bandeira
terça-feira, 19 de maio de 2009
Arte de Amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A onda
domingo, 17 de maio de 2009
Vou-me Embora Pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água.
Pra me contar histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
Lá sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
sábado, 16 de maio de 2009
Acorde Noturno
O acorde da noite
mais uma vez tombou
sobre meu corpo migrante,
e, sendo a música a vastidão no instante,
deixei-me sonhar em volta dela.
Ela que me tocou na noite,
na correnteza de músicas estranhas,
como mar revolto entre as sombras dos naufrágios.
E navegamos,
sacrificando o mar, multiplicando as margens,
a infinita música dos presságios,
exilados nessa travessia,
onde somente as estrelas morrem por nós.
Felipe Stefani
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Deux Fois Plutôt Qu´une
Mankind is no Island.
O Tropfest é o maior festival de curtas metragens do mundo.
Começou há 17 anos atrás em Sydney e no ano passado teve a sua primeira edição em Nova Iorque.
O vencedor do ano passado foi este filme que foi totalmente filmado com um telemóvel.
O seu orçamento foi de 40 dólares.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
História Infantil
O dia estava lindo e ensolarado. O coelhinho saiu da sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado.
Pouco depois passou por ali a raposa, e, ao ver aquele suculento coelhinho tão distraído, chegou a salivar.
No entanto, ficou intrigada com a actividade do coelho e aproximou-se, curiosa:- Coelhinho, o que está a fazer aí, tão concentrado?
- Estou a redigir a minha tese de doutoramento - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm... e qual é o tema da sua tese?
- Ah, é uma teoria para provar que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
A raposa ficou indignada:
-Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro-lhe a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entraram na toca.
Poucos instantes depois ouviam-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois ...silêncio.
Em seguida, o coelho voltou, sozinho, e retomou os trabalhos da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Meia hora depois passou um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradeceu mentalmente à cadeia alimentar por ter o seu jantar garantido.
No entanto, o lobo também achou muito curioso um coelho estar a trabalhar com aquela concentração toda.
Resolveu então saber do que se tratava, antes de devorar o coelhinho:
- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?
- A minha tese de doutoramento, senhor lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se conteve e explodiu de riso, tal a petulância do coelho!
- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isso é um despropósito; nós os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Gostaria de me acompanhar à minha toca?
O lobo não conseguia acreditar na sua boa sorte! E ambos desapareceram toca adentro.
Alguns instantes depois ouviam-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio.
Mais uma vez o coelho retornou sozinho, impassível, e voltou ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Dentro da toca do coelho... estava uma enorme pilha de ossos ensanguentados e peles de diversas raposas; ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.
E, entre os dois montes de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.Mais uma vez o coelho retornou sozinho, impassível, e voltou ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Dentro da toca do coelho... estava uma enorme pilha de ossos ensanguentados e peles de diversas raposas; ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.
MORAL DA HISTÓRIA:
1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;
2. Não importa se não tem o mínimo fundamento científico;
3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;
4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos.
5. O que importa é:
quem é o seu padrinho...
quarta-feira, 13 de maio de 2009
I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you
Only to be with you
I have run I have crawled
I have scaled
these city walls
these city walls
Only to be with you
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire
I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of the devil
It was warm in the night
I was cold as a stone
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
I believe in the Kingdom Come
Then all the colours will
bleed into one
bleed into one
But yes I'm still running
You broke the bonds and you loosed the chains
You carried the cross
And my shame
And my shame
You know I believe it
But I still haven't found
What I'm looking for
But I still haven't found
What I'm looking for
The Red Son
I love your faces I saw the many years
I drank your milk and filled my mouth
With your home talk, slept in your house
And was one of you.
But a fire burns in my heart.
Under the ribs where pulses thud
And flitting between bones of skull
Is the push, the endless mysterious command,
Saying:
"I leave you behind--
You for the little hills and the years all alike,
You with your patient cows and old houses
Protected from the rain,
I am going away and I never come back to you;
Crags and high rough places call me,
Great places of death
Where men go empty handed
And pass over smiling
To the star-drift on the horizon rim.
My last whisper shall be alone, unknown;
I shall go to the city and fight against it,
And make it give me passwords
Of luck and love, women worth dying for,
And money.
I go where you wist not of
Nor I nor any man nor woman.
I only know I go to storms
Grappling against things wet and naked."
There is no pity of it and no blame.
None of us is in the wrong.
After all it is only this:
You for the little hills and I go away.
Carl Sandburg
terça-feira, 12 de maio de 2009
Mi amor descubre objetos
mi amor descubre objetos
sedosas mariposas
se ocultan en sus dedos
sus palabras
me salpican de estrellas
bajo los dedos de mi amor la noche
brilla como relámpago
mi amor inventa mundos en que habitan
serpientes cuajadas de brillantes
mundos en que la música es el mundo
mundos en que las casas con los ojos abiertos
contemplan el amanecer
mi amor es un loco girasol que olvida
pedazos de sol en el silencio
sedosas mariposas
se ocultan en sus dedos
sus palabras
me salpican de estrellas
bajo los dedos de mi amor la noche
brilla como relámpago
mi amor inventa mundos en que habitan
serpientes cuajadas de brillantes
mundos en que la música es el mundo
mundos en que las casas con los ojos abiertos
contemplan el amanecer
mi amor es un loco girasol que olvida
pedazos de sol en el silencio
Isabel Fraire
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Olha Maria
Olha Maria
Eu bem te queria
Fazer uma presa
Da minha poesia
Mas hoje, Maria
Pra minha surpresa
Pra minha tristeza
Precisas partir
Parte Maria
Que estás tão bonita
Que estás tão aflita
Pra me abandonar
Sinto Maria
Que estás de visita
Teu corpo se agita
Querendo dançar
Parte Maria
Que estás toda nua
Que a lua te chama
Que estás tão mulher
Arde Maria
Na chama da lua
Maria cigana
Maria maré
Parte cantando
Maria fugindo
Contra a ventania
Brincando, dormindo
Num colo de serra
Num campo vazio
Num leito de rio
Nos braços do mar
Vai alegria
Que a vida, Maria
Não passa de um dia
Não vou te prender
Corre Maria
Que a vida não espera
É uma primavera
Não podes perder
Anda, Maria
Pois eu só teria
A minha agonia
Pra te oferecer
Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque
domingo, 10 de maio de 2009
Nothing Gold Can Stay
New Gold Dream
She is the one in front of me,
the siren and the ecstasy
New Gold Dream
Crashing breats and fantasy,
setting sun in front of me
New Gold Dream
And the world goes hot
And the cities take
And the beat goes crashing
All along the way
She is your only friend until the bitter end
She is your only friend until the ocean breaks
And when you dream, dream in the dream with me
And when you dream, dream in the dream with me
81 -- 82 -- 83 -- 84
81 -- 82 -- 83 -- 84
New Gold Dream
Sun is set in front of me,
worldwide on the widest screen
New Gold Dream
Burning bridge and ecstasy,
crashing beats and fantasy
Dream in the dream with
And the world goes hot
And the cities take
And the beat goes crashing
All along the way
She is your only friend until the bitter end
She is your only friend until the ocean breaks
And when you dream, dream in the dream with me
And when you dream, dream in the dream with me
81 -- 82 -- 83 -- 84
sexta-feira, 8 de maio de 2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Le Papillon et La Fleur
La pauvre fleur disait au papillon céleste:
Ne fuis pas!...
Vois comme nos destins sont différents, je reste.
Tu t'en vas!
Pourtant nous nous aimons, nous vivons sans les hommes,
Et loin d'eux!
Et nous nous ressemblons et l'on dit que nous sommes
Fleurs tous deux!
Mais hélas, l'air t'emporte, et la terre m'enchaine.
Sort cruel!
Je voudrais embaumer ton vol de mon haleine.
Dans le ciel!
Mais non, tu vas trop loin, parmi des fleurs sans nombre.
Vous fuyez!
Et moi je reste seule à voir tourner mon ombre.
A mes pieds!
Tu fuis, puis tu reviens, puis tu t'en vas encore
Luire ailleurs!
Aussi me trouves-tu toujours à chaque aurore
Tout en pleurs!
Ah! pour que notre amour coule des jours fidèles.
Ô mon roi!
Prends comme moi racine ou donne-moi des ailes
Comme à toi!
Victor Hugo, in "Les Chants du Crépuscule", no. 27A
quarta-feira, 6 de maio de 2009
No matter -- now -- Sweet --
No matter -- now -- Sweet --
But when I'm Earl --
Won't you wish you'd spoken
To that dull Girl?
But when I'm Earl --
Won't you wish you'd spoken
To that dull Girl?
Trivial a Word -- just --
Trivial -- a Smile --
But won't you wish you'd spared one
When I'm Earl?
I shan't need it -- then --
Crests -- will do --
Eagles on my Buckles --
On my Belt -- too --
Ermine -- my familiar Gown --
Say -- Sweet -- then
Won't you wish you'd smiled -- just --
Me upon?
Emily Dickinson
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nemnunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será, que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda a alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
terça-feira, 5 de maio de 2009
Speak to me of universal laws
The whores hustle and the hustlers whore
All around me people bleed
Speak to me your song of greed
Speak to me of your inner charm
Of how you'll keep me safe from harm
I don't think so, I don't see
Speak to me of your inner peace
Little people at the amusement park
City people in the dark
Speak to us, send us a sign
Tell us something to keep us trying
The whores hustle and the hustlers whore
Too many people out of love
The whores hustle and the hustlers whore
This city's ripped right to the core
Speak to me of heroin and speed
Of genocide and suicide, of syphilis and greed
Speak to me the language of love
The language of violence, the language of the heart
This isn't the first time I've asked for money or love
Heaven and earth don't ever mean enough
Speak to me of heroin and speed
Just give me something I can believe
The whores hustle and the hustlers whore
Too many people out of love
The whores hustle and the hustlers whore
This city's ripped right to the core
gamblers all
sometimes you climb out of bed in the morning and you think,
I'm not going to make it, but you laugh inside
remembering all the times you've felt that way, and
you walk to the bathroom, do your toilet, see that face
in the mirror, oh my oh my oh my, but you comb your hair anyway,
get into your street clothes, feed the cats, fetch the
newspaper of horror, place it on the coffee table, kiss your
wife goodbye, and then you are backing the car out into life itself,
like millions of others you enter the arena once more.
you are on the freeway threading through traffic now,
moving both towards something and towards nothing at all as you punch
the radio on and get Mozart, which is something, and you will somehow
get through the slow days and the busy days and the dull
days and the hateful days and the rare days, all both so delightful
and so disappointing because
we are all so alike and so different.
you find the turn-off, drive through the most dangerous
part of town, feel momentarily wonderful as Mozart works
his way into your brain and slides down along your bones and
out through your shoes.
it's been a tough fight worth fighting
as we all drive along
betting on another day.
I'm not going to make it, but you laugh inside
remembering all the times you've felt that way, and
you walk to the bathroom, do your toilet, see that face
in the mirror, oh my oh my oh my, but you comb your hair anyway,
get into your street clothes, feed the cats, fetch the
newspaper of horror, place it on the coffee table, kiss your
wife goodbye, and then you are backing the car out into life itself,
like millions of others you enter the arena once more.
you are on the freeway threading through traffic now,
moving both towards something and towards nothing at all as you punch
the radio on and get Mozart, which is something, and you will somehow
get through the slow days and the busy days and the dull
days and the hateful days and the rare days, all both so delightful
and so disappointing because
we are all so alike and so different.
you find the turn-off, drive through the most dangerous
part of town, feel momentarily wonderful as Mozart works
his way into your brain and slides down along your bones and
out through your shoes.
it's been a tough fight worth fighting
as we all drive along
betting on another day.
Charles Bukowski
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Bricklayer Love
I thought of killing myself because I am only a bricklayer
and you a woman who loves the man who runs a drug store.
I don’t care like I used to; I lay bricks straighter than I
used to and I sing slower handling the trowel afternoons.
When the sun is in my eyes and the ladders are shaky and the
mortar boards go wrong, I think of you.
Carl Sandburg
On the day that your mentality
Decides to try to catch up with your biology
Come round ...
'Cause I want the one I can't have
And it's driving me mad
It's all over, all over, all over my face
On the day that your mentality
Catches up with your biology
I want the one I can't have
And it's driving me mad
It's all over, all over, all over my face
A double bed
And a stalwart lover for sure
These are the riches of the poor
A double bed
And a stalwart lover for sure
These are the riches of the poor
And I want the one I can't have
And it's driving me mad
It's all over, all over my face
A tough kid who sometimes swallows nails
Raised on Prisoner's Aid
He killed a policeman when he was
Thirteen
And somehow that really impressed
Me
And it's written all over my face
Oh, these are the riches of the poor
These are the riches of the poor
I want the one I can't have
And it's driving me mad
It's written all over my face
On the day that your mentality
Catches up with your biology
And if you ever need self-validation
Just meet me in the alley by the
Railway station
It's all over my face
Oh ...
domingo, 3 de maio de 2009
Cloths of Heaven
Had I the heavens’ embroidered cloths,
Enwrought with golden and silver light,
The blue and the dim and the dark cloths
Of night and light and the half light,
I would spread the cloths under your feet:
But I, being poor, have only my dreams;
I have spread my dreams under your feet;
Tread softly because you tread on my dreams.
- W.B.Yeats
sábado, 2 de maio de 2009
Where the Sidewalk Ends
There is a place where the sidewalk ends
And before the street begins,
And there the grass grows soft and white,
And there the sun burns crimson bright,
And there the moon-bird rests from his flight
To cool in the peppermint wind.
Let us leave this place where the smoke blows black
And the dark street winds and bends.
Past the pits where the asphalt flowers grow
We shall walk with a walk that is measured and slow,
And watch where the chalk-white arrows go
To the place where the sidewalk ends.
Yes we'll walk with a walk that is measured and slow,
And we'll go where the chalk-white arrows go,
For the children, they mark, and the children, they know
The place where the sidewalk ends.
Shel Silverstein
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Duas Bocas
A fonte dos teus olhos me confunde às vezes
Sonho lágrimas galgo brilho
Garimpo risos, colho paixão.
Os teus olhos são matreiros e escondem vontades
ora no silêncio contido
ora no gesto contado
Às vezes, fazem furor
Às vezes, trazem maldades
Por vezes suores.
Teus olhos saídos das águas sedentas
buscam meus olhos
carentes de tua paixão.
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