quarta-feira, 16 de maio de 2007

Lili Marlene


Esta canção era o hino não-oficial dos soldados de Infantaria no decurso da 2.ª Guerra Mundial - e cantada por ambos os lados do conflito.
A letra é uma poesia da autoria de Hans Leip, soldado alemão que, em 1915, em plena 1ª Guerra Mundial, a baptizou combinando o nome da sua namorada Lili com o de uma jovem enfermeira com quem simpatizou.
O poema foi publicado em 1937 numa colectânea da poesia de Leip, tendo sido Norbert Schultze, quem o musicou no ano seguinte.
A música não era do agrado do Ministro da Propaganda do III Reich, o poderoso Joseph Goebbels. Quando a Rádio da Forças Alemãs começou a transmiti-la para o Afrika Korps, em 1941, foi de imediato proibida.
No entanto, durante a ocupação alemã da Jugoslávia, a Rádio alemã em Belgrado, sob a direcção do tenente Karl-Heinz Reintgen, reiniciou a transmissão da popular canção, para gáudio do General Erwin Rommel e do seu Afrika Korps. Tornou-se o hino da estação, que a difundia diariamente no fim de cada emissão.
"Lili Marlene" era também do agrado dos soldados americanos e ingleses.
Em 1944 J.J. Phillips, para não ouvir mais os seus patrícios cantarem em alemão, fez uma letra em inglês.
O Oitavo Exército Inglês - adversário directo do Afrika Korps nas areias do Norte de África -adoptou a canção.
Mas foi o Anjo Azul, Marlene Dietrich, quem lhe garantiu a imortalidade, cantando “The Girl under the Lantern” em espectáculos, na Rádio e, como ela própria afirmou, “em três longos anos, na África do Norte, Sicília, Itália, no Alasca, Gronelândia, Islândia e Inglaterra”.

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