Qualquer homem como eu tem quatro avós.
Esses quatro, por força, dezasseis.
Sessenta e quatro a estes contareis
em só três gerações que expomos nós.
Se o cálculo procede, espertai vós,
Que pela proa vêm cinquenta e seis.
Sobre duzentos mais que lhe dareis,
Qual chapéu de cardeal?Que espalha os nós?
Se um homem dá tanto cabedal,
dos descendentes seus, que farão mil?
Uma província?
Todo o Portugal?
Por esta conta, amigo, ou nobre ou vil,
sempre és parente do Marquês de Tal,
e também do porteiro Afonso Gil.
Esses quatro, por força, dezasseis.
Sessenta e quatro a estes contareis
em só três gerações que expomos nós.
Se o cálculo procede, espertai vós,
Que pela proa vêm cinquenta e seis.
Sobre duzentos mais que lhe dareis,
Qual chapéu de cardeal?Que espalha os nós?
Se um homem dá tanto cabedal,
dos descendentes seus, que farão mil?
Uma província?
Todo o Portugal?
Por esta conta, amigo, ou nobre ou vil,
sempre és parente do Marquês de Tal,
e também do porteiro Afonso Gil.
Paulino António Cabral de Vasconcelos
(1719-1789)
Abade de Jazente -Amarante
(1719-1789)
Abade de Jazente -Amarante
Sem comentários:
Enviar um comentário