Onde não começa o sopro
no côncavo da língua muda
o peso da sombra entre ruínas,
falha que nunca coincide.
Silêncio do incontível, como
recusar a veemência
desta cegueira? Antes da fuga
Das formas, no sem fundo
Inabitável. Artérias vivas,
estrelas, relâmpagos,
jorrarão da obscuridade vermelha?
E as palavras serão o espaço
Do grito,
o espaço de nada, o espaço
do espaço,
a obscura dor da terra?
António Ramos Rosa
1 comentário:
Dois belíssimos poemas...
Magnificamente ilustrados!!
ABSOLUTAMENTE SUBLIME!!!
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